Em meados de 1958 nascia o primeiro projeto de game, um passo na história, apenas um jogo de tênis pixelado, mas que foi extremamente importante para as criações que se seguiriam mais a frente.
Durante essa época, até a criação do primeiro console, os games tinham um propósito interativo (e até desafiador para os desenvolvedores), não tinha uma história fixa, era apenas uma atividade que o jogador teria que exercer e diverti-lo. Porém a coisa toda foi tomando forma, com o lançamento do Odyssey, os videogames se tornaram um verdadeiro negócio, e desde então não se para mais de fabricar esses pedacinhos de sonho.
Com o passar do tempo e o crescimento desenfreado de interesses dos orientais pelos games (vide sucesso do jogo Space Invaders) mais e mais empresas foram sendo criadas, e um desenvolvimento dessa tecnologia se fez necessário. Assim, pode-se adicionar mais elementos aos jogos, como a história, o tipo de jogabilidade, os mapas e até mesmo os gráficos, tudo foi um processo gradual e criativo. O propósito não ficou sendo apenas divertir, e sim criar desafios, competições e a curiosidade em explorar mapas, conhecer a história, saber os passos cada vez mais complexos para se tornar um bom jogador.
Os games viram um negócio sério, e um bom investimento. E por que não um meio ideológico também? Por trás das histórias complexas acabou se construindo princípios muito singulares nos jogadores, que vão se modificando com o tempo e com o estilo de jogo. A sociabilidade entre os jogadores é bem diferente do que os meios sociais comuns proporcionam no "mundo lá fora". Os games acabaram criando novas personalidades, novas pessoas, mesmo que essas pessoas só existam dentro do ambiente de jogo.
O lugar mais notável, atualmente, são os ambientes de jogos online, principalmente os MMORPG (Massively Multiplayer Online Roleplaying Game), onde você é um personagem próprio, em um mundo novo cheio de lugares para explorar e pessoas para conhecer. Esse tipo de jogo funciona quase que como uma vida em um mundo diferente, onde você deve matar monstros, enfrentar desafios e buscar ser o melhor sempre, e dentro desse tipo de game existe uma sociedade muito singular e específica, que pode variar desde pessoas que buscam ajuda e gostam de ajudar os outros até mesmo pessoas que xingam e não estão nem aí, é uma infinidade de singularidades dentro de um mesmo jogo.
Não só em MMORPGS, como em outros tipos de jogos online também existe isso. E o mais importante de tudo é que esse comportamento reflete também na realidade; os jogadores começaram a se reunir, começaram a partilhar seus interesses, terem uma linguagem própria, de acordo com o game que jogam, e criaram seu círculo de convivência. É o nascimento de uma nova era, de novos hábitos, de uma nova mini-cultura jovem. E é sobre essa cultura, sobre essas influências dos games e sobre esse mundo que pretendo tratar aqui a partir de agora.





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