O bom e o mal. Isso é o que mais movimenta o enredo de quase todos os jogos existentes.
O maniqueísmo já está a tanto tempo dado na nossa convivência que é quase impossível imaginar uma história sem que esse elemento esteja presente. Existem os bons, que nasceram assim e que viveram assim. E os maus, que são malvados por pura e simplesmente serem assim. Esse pensamento é difundido desde qu somos crianças e acabam prejudicando nosso modo de ver as coisas logo depois que crescemos.
Dividir as pessoas em boas e más é limitador e preconceituoso, sem contar que não se leva em conta o processo histórico e cultural pelo qual aquela pessoa passou para agir de certa forma.
Assim como isso acontece em séries, filmes e desenhos, com os jogos não é diferente, vilões que são maus apenas por nascerem assim e só querem ver a destruição do mundo. De fato, em alguns jogos, muitos deles tem motivos que podem ser bem definidos, porém há sempre essa luta entre uma força e outra, e a grande maioria das vezes, você está no lado bom, e o final é sempre feliz para esse lado, afinal, o crime não compensa, não é mesmo?
É importante frisar que não são todos os jogos que seguem esse padrão, claro, mas você já imaginou como seria se os jogos mais clássicos não fossem maniqueístas? Provavelmente seriam mais complexos, pois mostrariam o "lado bom" e o "lado ruim" de cada um dos personagens, eles teriam seus motivos fixos para realizarem as coisas, não seriam por que eram malvados ou bonzinhos. O Mario provavelmente salvaria a princesa por que é apaixonado por ela, fazendo isso por interesse próprio, o Bowser a sequestraria pelo mesmo motivo, ou porque não concordaria com o reinado dela em Mushroom Kingdom, e a própria princesa poderia ser irresponsável em alguns aspectos com seu reino, e responsável em outros.

Sem o maniqueísmo, pararíamos de admirar heróis da maneira como admiramos hoje, teriamos uma visão muito mais realista das coisas, sabendo que essas pessoas não são perfeitas e que também fazem coisas pelos motivos que não são ideologicamente os mais corretos. Aliás, essa definição de decisões boas e ruins não existiria, o que existiria seriam coisas que machucassem alguém e coisas que não trariam dano a ninguém, dessa forma, concordariamos ou não com as decisões do personagem que estaríamos jogando, e poderiamos até mudar o curso disso, como já existe em alguns jogos. Sem dúvidas, um mundo dos games sem maniqueísmo seria um mundo mais real e justo.

Mauker
6/27/2013 07:24:31 am

Os koopas deram like nesse artigo.

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