Aproveitando meus comentários do ultimo texto sobre os MMORPG's, resolvi engajar e falar sobre o Ragnarok. Vale lembrar que ele não foi o primeiro MMO a surgir, tampouco o que fez mais sucesso, mas ele foi o principal na vida de muita gente, e hoje, mesmo com MMO's tão tecnológicos e gigantes por ai, ele continua sendo acessado e amado.  Como eu bem disse, esse estilo de jogo permite que seus jogadores explorem um novo mundo, convivam uns com os outros e enfrentem desafios, e é isso que Ragnarok traz.
O jogo é em 2D, tem gráficos simples e mapas bem grandes e legais de se explorar, sua tela permite uma visão diferente de outros MMO's mais modernos. Particularmente eu acho que oferece uma visão mais ampla e mais fácil de se manejar o personagem, você tem uma visão de trás, de frente e das laterais, nenhum inimigo te pega de surpresa.
Mas dentre essas coisas todas, o que mais me chama a atenção é o trabalho em equipe e as aventuras que você sai por ai explorando mundos com seus amigos, precisando juntar muita gente para matar um boss ou um MVP. A complexidade da história, das classes e dos atributos que você precisava colocar com cuidado motivam a você ler mais sobre, conhecer, pesquisar, fazer seu personagem da melhor forma possível. Ragnarok ofereceu um mundo diferente, um mundo mais desafiador, mais real dentro de suas possibilidades. É um jogo onde você imerge dentro de uma realidade diferente da sua e pode ser o que você quiser, desde que você se esforce pra isso. É um jogo com dificuldade se comparado a outros MMO's famosos. Não que ele seja o mais difícil, mas sua dificuldade se aproxima dos desafios da realidade. Você não "nasce" sendo um espadachim, ou arqueiro, você nasce aprendiz e tem que correr atrás disso. E mais, existem, cartas, itens etc que são extremamente difíceis de se obter e se você consegue, você tem um certo sucesso, uma certa fama dentro do jogo. Além das quests, que não possuem coordenadas e fica difícil dar continuidade a elas.
Outra coisa que eternizou o jogo foi a criação de servers privados e a facilidade em se programar e customizar praticamente o sistema inteiro. Claro que isso acabou aloprando muito em alguns lugares, mas possibilitou uma nova gama de customização de personagens e outros tipos de quests para se fazer. Muitas pessoas buscam os servers privados para se divertir em pouco tempo, já que o server original demanda muito mais tempo para você upar (subir de nível) e para você conseguir ser forte.
Ragnarok é diferente, tem seu jeitinho especial e único de ser, tem um gostinho de nostalgia, de lembranças da infância (para quem jogou ele quando mais jovem, claro) e sua trilha sonora é muito marcante e diferente (mistura gêneros de músicas com um pouco de eletrônico, fascinante) e os personagens, embora simples, permitem uma customização bacana. Talvez alguém que tenha jogado MMO's mais modernos e nunca tenha passado por Ragnarok, não veja tanto brilho assim no game, talvez ele seja mesmo carregado de nostalgia, de olhares curiosos infantis. Mas quem disse que isso não pode ser parâmetro para achar um jogo fantástico? Sim, a nostalgia também faz parte, e tem tanto para falar dela... Mas fico aqui em Rune-Midgard por enquanto.


2/20/2013 06:25:49 am

Poxa, eu estava pensando em escrever um artigo de mesmo teor futuramente!
Em verdade, o Ragnarok é um jogo que tem seu lugar, e creio que sempre terá, neste mundo de Ultra qualidades de imagem e som e milionárias produções. Pois a jogabilidade viciante, os gráficos um tanto quanto "fofinhos" (até os Kobolds são bonitinhos), a evolução que dá margem a diversas construções de personagem e a trilha sonora envolvente montam uma combinação que cativou e cativa até hoje inúmeros jogadores, de todas as idades.
Em minhas andanças pelos servidores oficiais, já encontrei gente de mais de 50 anos de idade com seus Magos, Espadachins e Gatunos em pleno trabalho de coletagem de experiência.
Vale lembrar que, em quaisquer servidores, sejam os oficiais ou privados, há um público mais ou menos fiel que aproveita uma horinha antes de dormir, em dia de semana, pra dar uma olhadinha em seus respectivos (e queridos) personagens no mundo de Rune-Midgard.
Confesso que até minha mãe, que completou 60 anos em 2012, gasta suas horinhas de folga pra relaxar com sua Cavaleira...
A razão disso tudo?
Por que é divertido. Uma característica que simplesmente é a alma de todo jogo eletrônico, e que, infelizmente, muitas produtoras andam deixando em segundo plano.

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DovahQueen
2/20/2013 01:11:56 pm

Sim, verdade, eu também acho que muitas produtoras atualmente deixam em segundo plano a verdadeira alma dos jogos eletrônicos, o que é uma pena, mas ao mesmo tempo acaba eternizando o Ragnarok, talvez seja mesmo a sua marquinha especial.

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